O relatório do Icomex, divulgado pela FGV/Ibre, prevê que a balança comercial brasileira encerre 2024 com superávit entre US$75 bilhões e US$ 78 bilhões.
Segundo o documento, a eleição de Donald Trump nos EUA traz “incertezas e tensões” para o comércio global em 2025, visto que os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, seguido apenas da China. Entre janeiro e outubro de 2024, a China representou 29,3% das exportações do Brasil, enquanto os EUA responderam por 11,6%.
De janeiro a outubro de 2024, as exportações brasileiras para os EUA subiram 11,5% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto as vendas para a China cresceram 3,9%, e para a Argentina caíram 24,1%.
O presidente americano afirmou que não apoiará iniciativas relacionadas à transição para fontes de energia limpa, conforme mostra o documento. Além disso, anunciou intenções de aumentar tarifas de importação: 60% para produtos chineses, de 10% a 20% para outros países, e até 25% para o México, dependendo de negociações sobre imigração. Essas medidas podem gerar inflação, elevação dos juros nos EUA e valorização do dólar, afetando a economia global. No Brasil, o impacto poderá dificultar a redução da taxa de juros, segundo a FGV.

Medidas protecionistas unilaterais podem intensificar o protecionismo global, reduzindo o crescimento do comércio mundial. O relatório pondera que, fora a China, ainda não está claro se Trump aplicará tarifas generalizadas ou usará essas ameaças como estratégia de negociação.
Entre janeiro e outubro de 2024, as exportações brasileiras para os EUA cresceram 11,5% em comparação ao mesmo período de 2023, enquanto para a China o aumento foi de 3,9%, e para a Argentina houve uma queda de 24,1%. No comparativo de outubro de 2024 com outubro de 2023, as vendas para a China caíram 10,2%, enquanto aumentaram 7,7% para os EUA e 28,6% para a Argentina, impulsionadas pelas exportações de automóveis.
Na análise por setores, as exportações da indústria de transformação cresceram 7,9% em outubro de 2024 frente ao mesmo mês do ano anterior. Esse crescimento está associado ao bom desempenho das vendas para os EUA, que continuam sendo um mercado importante para produtos da indústria de transformação brasileira, mesmo com uma queda de participação ao longo dos anos.
O relatório também destaca que a pauta de exportações brasileiras para os Estados Unidos é mais diversificada do que para a China. Entre janeiro e outubro, os cinco principais produtos exportados para os EUA representaram 34% das vendas (Soja, óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, minério de ferro e seus concentrados, açúcares e melaços e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada), enquanto na China três produtos (soja, petróleo e minério de ferro) responderam por 77% do total.
O impacto das tarifas dependerá de fatores como o nível inicial de taxação, a dependência do mercado americano e a possibilidade de redirecionar exportações para outros países. Produtos, como café, carne, celulose, petróleo e açúcar, têm potencial para encontrar outros mercados, especialmente na Ásia.
Por fim, o relatório enfatiza que, em um cenário de aumento do protecionismo global, desviar o comércio será desafiador. No entanto, setores como o agropecuário podem apresentar oportunidades adicionais, dependendo das relações comerciais entre os países.
Em outubro, o saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 4,3 bilhões, acumulando superávit de US$ 63,0 bilhões ao longo de 2024.
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