Parceria agrícola Brasil-China: 50 anos de sucesso e perspectivas futuras 

A colaboração agrícola entre Brasil e China, que celebrou 50 anos em 2024, tem sido essencial para o desenvolvimento econômico de ambos os países. Conforme dados oficiais do governo brasileiro, a China se tornou o maior mercado importador de produtos agrícolas do Brasil. De 2013 a 2022, por exemplo, as exportações agrícolas brasileiras para o país asiático cresceram de US$ 22,88 bilhões para US$ 50,79 bilhões, uma alta de 121,9% em dez anos. 

O Brasil, com sua ampla disponibilidade de recursos naturais, clima favorável e vastas áreas agrícolas, se destaca como um dos principais exportadores globais de produtos do setor. Já a China, por possuir uma população numerosa e uma alta demanda por alimentos, se tornou um parceiro estratégico natural para essa cooperação, conforme explicou Zhou Zhiwei, diretor-executivo do centro de estudos brasileiros do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais

As perspectivas para o futuro envolvem aprimoramento de cadeias de suprimentos, inovação agrícola e maior parceria em áreas como transformação digital e governança global. A cooperação continua a se ampliar, com novos investimentos e oportunidades de negócios. 

Em 2023, mais de 58 milhões de toneladas de soja foram enviadas do Brasil para a China, correspondendo a mais de 70% do total importado pelo país asiático. Além disso, a China também tem no Brasil um fornecedor essencial de carne bovina e de frango. 

Nos últimos anos, os investimentos chineses no agronegócio brasileiro vêm se expandindo. Além das grandes corporações do setor, que buscam consolidar suas cadeias produtivas no país, empresas chinesas de pequeno e médio porte também têm investido no Brasil, atuando em áreas como produção, armazenamento, processamento e transporte de culturas como soja e milho. Zhou destacou que esses investimentos podem fortalecer ainda mais a estrutura da indústria agrícola brasileira, impulsionando avanços nos setores de logística, tecnologia e processamento de alimentos. 

Olhando para os próximos anos, as perspectivas para a cooperação agrícola entre Brasil e China são promissoras, segundo Guo Jie, professora da Faculdade de Estudos Internacionais da Universidade de Pequim. “A colaboração entre os dois países tem potencial para estabelecer um novo modelo de parceria, abrangendo aspectos como a modernização da cadeia de suprimentos, inovação tecnológica, digitalização da agricultura, governança global do setor e desenvolvimento regional. Isso contribuirá para tornar essa cooperação mais resiliente e adaptável”, afirmou. 

Outro fator favorável ao avanço dessa relação é a estabilidade política entre os países, que proporciona um ambiente propício para explorar novas oportunidades no setor agrícola, conforme destacou Zhou. 

Em junho de 2024, o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, visitou a China e assinou acordos para impulsionar a promoção do café brasileiro na Luckin Coffee, uma grande rede chinesa de cafeterias que pretende adquirir cerca de 120 mil toneladas de café do Brasil entre 2024 e 2025. 

Nós estamos aqui para planejar os próximos 50 anos”, declarou Alckmin, expressando sua expectativa de que a parceria agrícola entre Brasil e China continue a crescer e gere benefícios cada vez maiores para ambos os países. 

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