A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024, está gerando impactos significativos na logística e no comércio internacional. Isto é, conforme informações divulgadas pelo Sindifisco Nacional, cerca de 75 mil remessas expressas de importação e exportação estão retidas nos terminais alfandegários devido à operação-padrão realizada pelos auditores.
O atraso afeta principalmente pacotes de menor valor, que antes eram liberados em um dia, mas agora podem demorar até 21 dias, nos postos aduaneiros de Guarulhos e Viracopos. Por isso, muitas empresas estão enfrentando dificuldades e o impacto na economia cresce exponencialmente.
Prioridade para cargas essenciais
Enquanto as encomendas de menor valor enfrentam grandes atrasos, produtos de maior importância, como peças automotivas, medicamentos e cargas vivas, têm sofrido um menor impacto. De acordo com o sindicato da categoria, o tempo necessário para a liberação dessas mercadorias passou de um para sete dias.
E qual é o impacto econômico?
A Frente Parlamentar Livre Mercado (FPLM) estima que os atrasos resultem em prejuízos expressivos para empresas e consumidores. Segundo o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), presidente da FPLM, a situação não impacta apenas o setor logístico, mas também prejudica a posição do Brasil no comércio internacional. Deste modo, pequenas e médias empresas correm riscos devido à retenção de produtos essenciais nos terminais.
Em comunicado, a FPLM destacou um ofício enviado pelo Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp) ao Ministério da Fazenda, informando que os prejuízos decorrentes da operação-padrão somaram R$ 3,3 bilhões apenas no mês de junho.
Negociações sem avanços
O Sindifisco Nacional afirmou que não há previsão para o encerramento da greve, justificando que o governo não cumpriu o Termo de Compromisso nº 1 de 2024, que previa ajustes salariais e uma reestruturação da carreira da categoria.
“O sindicato ainda aguarda uma sinalização positiva do Ministério da Gestão e Inovação para discutir as reivindicações dos auditores fiscais. O compromisso assinado no início de 2024 determinava a instalação de mesas de negociação até julho, o que não ocorreu. Além disso, a remuneração básica da categoria acumula perdas inflacionárias desde 2016”, declarou a entidade em nota.
Em resposta, o ministério afirmou que um acordo foi firmado em fevereiro de 2024, garantindo uma remuneração total de até R$b42.700 para os cargos mais altos da carreira e que não há previsão de novas negociações.
A retenção de mercadorias nos terminais e a demora na liberação têm impacto direto no preço final dos produtos e no funcionamento das cadeias produtivas. Segundo o Sindasp, cada dia adicional de atraso gera um custo extra de 2,1% sobre os produtos, dificultando a competitividade das empresas brasileiras no mercado externo.
O time X5 está trabalhando para reduzir os impactos da paralisação e se coloca à disposição de seus clientes para auxiliar da melhor forma possível e sanar quaisquer dúvidas. Entre em contato pela Central de Atendimento ou e-mail [email protected] para conversar conosco.
